Como é feito o diagnóstico do AVC?
Diante de qualquer um dos sintomas, é preciso procurar avaliação médica o mais rápido possível. Para confirmar o diagnóstico e o tipo de AVC, além do exame neurológico, o paciente é submetido a exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada de encéfalo.
Quanto mais rápido for estabelecido o diagnóstico e o início do tratamento de um derrame, melhor o prognóstico. O atendimento em até 4 horas e 30 minutos do início dos sinais diminui consideravelmente a probabilidade de complicações e sequelas, principalmente se houver indicação para uso de uma medicação que dissolve o coágulo que está interrompendo o fluxo sanguíneo de determinada região do cérebro (no caso do AVC isquêmico).
Após esse tempo, o risco para uso dessa medicação se torna maior que o benefício, motivo pelo qual o atendimento deve ocorrer com urgência. O AVC hemorrágico, por sua vez, tende a ter uma apresentação clínica mais grave, podendo demandar intervenção cirúrgica.
Curiosamente, a pessoa que está tendo um acidente vascular cerebral geralmente não percebe os sintomas da doença. É por isso que todos devem saber identificar os sinais primários do derrame, auxiliando o indivíduo que está passando por isso na hora de procurar um atendimento médico.
Tratamento e cuidados após o diagnóstico do AVC
Geralmente, o tratamento do AVC depende do paciente, do tipo e da extensão do problema. É feito sempre o mais rápido possível, para evitar que aconteça a morte de neurônios no cérebro, que podem trazer sequelas.
No caso do AVC isquêmico, por exemplo, podem ser aplicadas medicações que dissolvem coágulos e entupimentos nas veias, e devolvam o fluxo sanguíneo para a região afetada, com o intuito de salvar o tecido cerebral.
Há também a possibilidade de retirada mecânica, por meio da trombectomia, que insere um cateter no cérebro e consegue desobstruir os vasos sanguíneos, com agilidade e rapidez, liberando, assim, a passagem de sangue.
No AVC hemorrágico, pode ser necessário fazer uma cirurgia descompressiva, que é quando se tira a calota craniana temporariamente para deixar o cérebro expandir e não causar mais lesões à pessoa, e também podem ser feitas cirurgias que removem o sangue que ficou no local e pode estar causando uma pressão.
Vale lembrar que células cerebrais não se regeneram e também não existe tratamento para recuperá-las, mas há métodos terapêuticos que auxiliam na restauração das funções, movimentos e fala, e sua eficácia é mais alta quando o tratamento é imediato.
Quais as sequelas do AVC?
O AVC pode deixar algumas sequelas e sua gravidade varia de indivíduo para indivíduo e depende diretamente da região do cérebro que foi afetada pela falta de suprimento sanguíneo.
As sequelas mais comuns são dificuldades em se movimentar, falar, comer, sentir um dos lados do corpo, reconhecer objetos comuns e se lembrar de fatos de sua vida, além de problemas de comunicação e compreensão, falta de sensibilidade e perda de visão.
O paciente com acidente vascular cerebral também pode sofrer alterações no temperamento ou comportamento em geral, além de depressão, comprometendo o convívio com amigos e familiares.
Prevenção do AVC
Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC, infarto e de outras doenças cardiovasculares. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, sexo, raça e constituição genética. Outras causas, entretanto, dependem apenas da pessoa e são os elementos principais para prevenir essas doenças.
Entre as medidas que podem diminuir as chances de um acidente vascular cerebral estão:
• Praticar atividade física regularmente;
• Ter uma alimentação saudável;
• Beber bastante líquido;
• Manter o peso ideal;
• Controlar a pressão arterial;
• Gerenciar o estresse com atividades relaxantes;
• Acompanhar as taxas de glicemia, colesterol e triglicérides periodicamente;
• Não fumar;
• Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
• Não fazer uso de drogas ilícitas.
É importante ressaltar que, mesmo efetivas, as medidas de prevenção não são garantia da eliminação do risco de um derrame. No entanto, em pacientes com hábitos de vida saudáveis, a recuperação após um evento neurológico é muito mais rápida. Por isso, investir na prevenção e na qualidade de vida ainda é o melhor caminho.
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Conhecido popularmente como derrame, o AVC, sigla para acidente vascular cerebral, é a condição que afeta o fornecimento de sangue, oxigênio e suprimentos que mantêm o cérebro em pleno funcionamento. Atinge pessoas de todas as idades, sendo raro na infância.
Ele é causado pela falta de circulação sanguínea em uma área específica do cérebro e acontece por obstrução arterial ou sangramento devido ao rompimento dos vasos que levam sangue ao órgão mais importante do sistema nervoso. A interrupção abrupta do fluxo sanguíneo provoca paralisia de determinadas áreas, causando a perda de funções neurológicas.
Quando o AVC ocorre, ele pode afetar uma ou mais regiões do cérebro, sendo que os neurônios podem acabar morrendo pela falta de acesso aos nutrientes e oxigênio, caso o derrame não seja tratado o mais rápido possível.
Em geral, sua gravidade varia de acordo com a localização e extensão da lesão. Por isso, a doença pode causar desde sintomas leves até sequelas definitivas ou mesmo o óbito.
Como os neurônios não se multiplicam como o resto das células do corpo, a morte de um deles por conta do AVC pode gerar sequelas para o indivíduo, já que a função daquela célula não poderá ser realizada por outra.
Normalmente, os primeiros três meses após o acontecimento do acidente vascular cerebral são essenciais para avaliar a recuperação do paciente e observar o seu estado geral.
Ter um AVC uma vez na vida não significa que isso não pode acontecer de novo, sendo que várias pessoas que já tiveram essa condição podem apresentá-la novamente.
Tipos de AVC
De modo geral, o AVC pode ser dividido em dois tipos: isquêmico e hemorrágico.
O AVC isquêmico é o mais comum, representando 85% dos casos. Ele acontece quando um dos vasos do sistema circulatório que faz o suprimento de sangue e oxigênio do cérebro fica entupido ou obstruído de alguma forma, por meio de materiais, como placas de gordura e coágulos sanguíneos, impedindo que o sangue chegue a uma determinada região ou limitando bastante seu fluxo.
Dessa forma, pacientes com obstruções de artérias coronárias (ou que já tenham sofrido infarto do miocárdio), podem também ter obstruções em artérias que levam o fluxo sanguíneo ao cérebro, aumentando a chance de um derrame.
É importante dizer que a obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia).
O AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de algum vaso cerebral, causando um sangramento que pode gerar uma pressão no cérebro. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge.
O tipo hemorrágico é responsável por 15% dos casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o isquêmico.
A hipertensão arterial não controlada é um dos principais fatores de risco. A presença de aneurismas cerebrais também favorece a ocorrência desse tipo de derrame.
Quais são os fatores de risco para o AVC?
Os fatores de risco para o AVC, no geral, são os mesmos das doenças cardiovasculares. Entre eles: hipertensão arterial, fibrilação atrial, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, dislipidemia, obesidade, estresse, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas, problemas relacionados à coagulação sanguínea, histórico familiar de doenças cerebrovasculares, entre outros.
A idade também interfere no risco de AVC. A probabilidade de uma pessoa ter um derrame dobra a cada década depois dos 55 anos. Além disso, a etnia também influencia. Negros e orientais são mais predispostos à hipertensão, o que aumenta o risco do acidente vascular cerebral.
Com relação ao sexo, há pouca diferença na ocorrência de AVC entre homens e mulheres. A doença afeta uma em cada cinco mulheres e um em cada seis homens. No entanto, mulheres diagnosticadas com enxaqueca com aura e que fazem uso de anticoncepcionais orais com estrogênio têm um risco de quatro a seis vezes maior. Caso sejam fumantes, esse número ainda aumenta.
Além disso, existe uma condição chamada ataque isquêmico transitório (AIT), que consiste na interrupção temporária do fluxo de sangue, causando sintomas iguais ao acidente vascular cerebral, que se revertem espontaneamente em um curto período de tempo.
O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua causa precisa ser descoberta e tratada antes que o derrame ocorra.
Quais são os sintomas do AVC?
Tanto no isquêmico quanto no hemorrágico, os sintomas do AVC variam, dependendo da região afetada, e podem ser únicos ou combinados. Entre eles, é comum observar os seguintes sinais:
• Perda súbita de força;
• Formigamento e adormecimento de um lado do corpo, atingindo rosto, braço ou perna;
• Paralisia facial;
• Dificuldade na fala e compreensão;
• Problemas para engolir;
• Fraqueza muscular;
• Falta de coordenação ao andar;
• Dor de cabeça forte e persistente;
• Tontura;
• Alteração de visão;
• Vertigem;
• Convulsões;
• Desmaios;
• Desequilíbrio;
• Náuseas e vômitos;
• Confusão mental.