Muitas vezes confundida com outras cefaleias, a enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que costuma provocar dores unilaterais e latejantes, e acomete pessoas geneticamente predispostas.
Esse tipo de cefaleia primária pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma se manifestar mais em adolescentes e adultos, e afetar mais mulheres do que homens.
O que é enxaqueca?
Também conhecida como hemialgia, a enxaqueca é um dos tipos de cefaleia. Essa doença neurológica tem aspectos genéticos, ou seja, é comum que pessoas da mesma família sofram com ela, e é crônica, isto é, não tem cura.
Para alguns, a enxaqueca é um sinônimo de dor de cabeça, mas não é bem assim. São problemas distintos, pois a dor da enxaqueca
é bem mais forte e pulsante que a da dor de cabeça comum e, muitas vezes, é acompanhada de outros sintomas, como náusea, vômito e sensibilidade à luz e ao som.
Geralmente, a enxaqueca é sentida em apenas um dos lados ou em uma determinada região da cabeça, sendo uma dor mais localizada. Porém, também é possível sentir a dor de intensidade moderada ou forte dos dois lados.
Por ser bastante incômoda e repleta de outros sintomas desagradáveis e desgastantes, a enxaqueca pode ser considerada incapacitante em determinados casos, o que pode afetar tanto a vida pessoal quanto profissional.
Quais as diferenças entre enxaqueca e dor de cabeça?
De acordo com alguns estudos, existem dois tipos de dores de cabeça: a primária e a secundária.
A enxaqueca consiste na dor de cabeça primária, no qual a dor em si é a doença e a causa do desconforto. É uma dor latejante e incapacitante, com duração média de 4 a 72 horas e que tende a vir acompanhada de outros sintomas.
Já a dor de cabeça, ou cefaleia do tipo tensional, é de origem secundária, ou seja, é um sintoma de alguma outra doença ou quadro de saúde que o corpo está manifestando por meio desse desconforto.
Trata-se de uma dor de cabeça menos intensa, não latejante e sem sensibilidade a outros estímulos. Além disso, tende a ser bilateral (atinge os dois lados da cabeça), enquanto na enxaqueca, geralmente, a dor fica localizada em uma só parte da cabeça.
Quais são os tipos de enxaqueca?
A enxaqueca costuma ser dividida em dois tipos: com aura e sem aura.
- Enxaqueca com aura
A enxaqueca com aura é a dor de cabeça incapacitante, antecedida de alguns sintomas neurológicos, chamados de “aura”, que servem para avisar que uma crise está por vir. Aproximadamente, 25% dos pacientes apresentam esse tipo de enxaqueca.
Os principais sinais de aura são: manchas escuras; pontos cegos; sensação de formigamento e dormência; fraqueza muscular; confusão mental; alterações no campo visual, que incluem a visualização de pontos luminosos, linhas em ziguezague e vista embaçada; entre outros.
Diferentemente da enxaqueca sem aura, a com aura pode levar a complicações vasculares e até mesmo a um risco maior de acidente vascular cerebral (AVC). - Enxaqueca sem aura
A enxaqueca sem aura, como o próprio nome sugere, é aquela que não apresenta aura, ou seja, não há sintomas neurológicos antecedentes à dor.
Ela também é chamada de “enxaqueca comum”. Afinal, aproximadamente 75% das pessoas que se queixam de dores de cabeça têm enxaqueca sem aura.
Quais são as causas de enxaqueca?
A enxaqueca é uma doença multifatorial, mas já é de conhecimento público que as pessoas que têm esse problema podem sofrer com crises quando existem fatores genéticos e ambientais ligados a ele.
Portanto, indivíduos com uma predisposição genética têm mais facilidade para apresentar os sintomas, assim como há uma influência ambiental que não pode ser ignorada.
É suposto que as pessoas que apresentam enxaqueca em seu quadro clínico tenham o sistema nervoso mais sensível a alguns estímulos do que as demais. E, visto que essas células nervosas são mais estimuladas, enviam impulsos para várias estruturas, até aos vasos sanguíneos, o que, depois de outros processos, causam a dor.
No entanto, já se sabe que existem alguns gatilhos que podem desencadear as crises, tais como:
• Jejum prolongado;
• Estresse, ansiedade e tensão;
• Irritação e alterações de humor;
• Insônia;
• Consumo de açúcar, chocolate, queijos fortes, embutidos, café e bebidas alcoólicas em excesso;
• Tabagismo;
• Alterações hormonais;
• Falta de exercícios físicos;
• Uso excessivo de analgésicos;
• Alguns perfumes.
Quais são os sintomas da enxaqueca?
Os sintomas mais comuns da enxaqueca são:
• Dor latejante e pulsátil, geralmente unilateral, de intensidade moderada ou forte;
• Náuseas, vômitos e tonturas;
• Hipersensibilidade à luz (fotofobia), aos sons (fonofobia) e a certos odores (osmofobia), que se mantém de 4 a 72 horas e piora com movimentos;
• Irritabilidade;
• Depressão;
• Agitação;
• Fadiga;
• Mudanças de apetite;
• Bocejos constantes;
• Dificuldade de concentração;
• Formigamento e dormências no corpo (as auras da enxaqueca).
Diagnóstico de enxaqueca
Não existem exames específicos para diagnosticar a enxaqueca. O diagnóstico é clínico, por meio da avaliação médica dos sintomas relatados pelo paciente e do seu histórico familiar.
Em alguns casos, podem ser feitos exames para identificar se existem outros fatores interferindo na dor de cabeça e confirmar a suspeita de enxaqueca.
- A partir de quantas crises por semana deve-se procurar um médico?
É importante procurar um neurologista ao ter mais de três episódios de enxaqueca em uma semana.
Enxaqueca tem cura?
Dependendo das causas da enxaqueca e intensidade da dor do paciente, é possível encontrar tratamentos que podem curar ou mesmo atenuar os desconfortos.
Tratamento de enxaqueca
O tratamento de enxaqueca leva em consideração as características da dor e a frequência das crises. O objetivo é suprimir os sintomas e evitar a incidência de novos eventos.
Nos episódios agudos, os analgésicos comuns, eventualmente associados a outras drogas, podem representar uma solução eficaz contra a dor, especialmente se tomados assim que surgirem os primeiros sintomas. Pacientes que não respondem bem a esse esquema terapêutico podem recorrer aos triptanos, uma classe de drogas com mecanismo mais específico de ação.
No entanto, é preciso cuidado: o uso repetido desses remédios, o abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias para alívio da dor podem resultar num efeito rebote, cujo resultado é o agravamento dos sintomas.
Pacientes com enxaqueca crônica podem ainda fazer o uso de métodos de tratamento alternativos, como aplicações de botox na testa e nos lados da cabeça ou mesmo tratamentos com acupuntura, para permitir a melhora das crises frequentes.
Já está comprovado que mudanças no estilo de vida e evitar os gatilhos que disparam as crises são procedimentos não farmacológicos indispensáveis para a prevenção da enxaqueca. Alimentação equilibrada, sono regular, exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína e controle dos níveis de estresse são medidas que ajudam a diminuir a frequência e intensidade das crises.
Como conviver com a enxaqueca? (prognóstico)
- Medicamento preventivo
Pessoas que têm enxaquecas frequentes devem sempre andar com seus medicamentos. Isso porque algum tempo após a dor de cabeça se iniciar, ocorre um processo de sensibilização central, que mantém a dor e a torna mais rebelde aos analgésicos. É importante seguir à risca as medicações e dosagens indicadas pelo neurologista.
Além disso, vale a pena procurar orientação sobre medicamentos preventivos que se encaixem no tipo de enxaqueca, especialmente pacientes que convivem com pelo menos uma ou duas crises ao mês e cujas dores são incapacitantes. - Entenda o que alivia a dor
Como os desencadeantes da enxaqueca são diferentes para cada um, a forma de aliviar essa dor também varia. Alguns dos tratamentos não medicamentosos mais comuns incluem compressas quentes ou frias, massagens, terapia de biofeedback e homeopatia. - Trate os sintomas separadamente
Como o analgésico trata apenas a dor da enxaqueca, os outros sintomas devem ser tratados de forma tópica. Esse cuidado é redobrado com aqueles que sofrem com vômitos, pois eles podem golfar os analgésicos, precisando ir ao pronto-socorro para receber medicações injetáveis. - Descanse em local escuro e silencioso
Durante uma crise de enxaqueca, o paciente não suporta ambientes barulhentos e com muita luz. Por isso, o ideal é se sentar ou deitar – o que for mais confortável – em um local com pouca luz e sem barulhos, evitando ao máximo as atividades que o tirem do repouso.
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